Mais um Biofórum
organizado pelo grupo PET biologia da Universidade Federal do Pampa, realizado
no dia 18 de outubro de 2017 abordou como tema: “Medicalização dos alimentos: Produtos apícolas como alternativa
natural” , ministrado pelo professor e doutor Andrés Delgado Cañedo, que
possui experiência na área de Genética, com ênfase em expressão gênica e
biologia celular. A palestra começou com algumas questões, segue abaixo uma
breve descrição do que foi abordado.
O que é a medicalização dos alimentos?
Talvez devêssemos olhar para os alimentos não pelo gosto, mas sim pelas substâncias
das quais eles são compostos, como as fibras, os carboidratos e as vitaminas. Mas
também, toda essa ação de olhar e consumir os alimentos como se fossem remédios,
acaba tirando todo o prazer do ato de comer. Sendo necessário então ter um
certo equilíbrio dessas duas partes.
Comer é remédio ?
Temos como exemplo de um alimento que passou a ser remédio, a semente
de Chia, que agora é consumida, em sua grande maioria, em cápsulas!
E existem ainda,
diversas pesquisas na área acadêmica que defendem e corroboram esse estilo de
alimentação mais saudável, que não exclui os alimentos da rotina sem que seja
extremamente necessário, como é o caso das restrições alimentares, para os diabéticos
por exemplo, não tem como não medicalizar o alimento.
Somos contra ou a favor da medicalização
dos alimentos ? Tudo irá depender do conhecimento das pessoas, pois embora
a maioria é contra ver os alimentos como medicamento, a maior parte do tempo,
nós consumimos alimentos “medicados”, com conservantes e entre outras
substâncias sintéticas.
O produto que consumimos atualmente, já não é mais original, sempre
terá acoplado a ele, mais alguns compostos para o aumento da durabilidade desse
alimento.
Mas...quais conservantes consumimos ?
Um dos maiores exemplos, são os sulfitos, que são muito utilizados para
a preservação do alimento, mas eles também retiram as qualidades nutricionais
daquele alimento em questão. Esses sulfitos destroem a vitamina B1 e a tiamina,
presente em produtos lácteos, carnes e cereais. Então, nesse ponto de vista, a medicalização
do alimento, já não é mais positiva para a saúde humana.
Porém, uma das alternativas para todos esses problemas, está na
apicultura, isso mesmo! Na apicultura. Já ouviu a frase “Sem abelha, sem
alimento”? Você sabia que os serviços de polinização desses seres representam mais
de 10% do valor da produção agrícola mundial ?!
Sem as abelhas, tanto a renovação das matas e florestas, como a
produção mundial de frutas e grãos ficariam comprometidas. O equilíbrio dos
ecossistemas e da biodiversidade sofreria um sério impacto, o que afetaria
diretamente o ser humano de diversas maneiras.
O físico alemão Albert Einstein, exercitou o pensamento de como seria
um mundo sem abelhas, e sintetizou um pensamento que se mostra um dos mais
sábios:
“Se as
abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro
anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora,
sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.” Albert Einstein
(1879/1955) .
A Própolis é um elemento produzido pelas abelhas, formados através do
pólen que há nas flores e juntamente com a saliva das abelhas. Ela tem como
principal função, proteger a colmeia, evitando a entrada de fungos e bactérias.
A própolis é muito utilizada como medicamento popular, para o
tratamento de várias enfermidades. Sua principal função é o fortalecimento do
sistema imunológico. Diversos estudos comprovam as inúmeras propriedades
biológicas e terapêuticas da própolis, como:
Cura de
várias infecções como a estomatite, amigdalite, gengivite e hemorroidas;
O
fortalecimento da ação imunológica, estimulando organismo enfraquecido e reduzindo
os efeitos colaterais de anticancerígenos e radioterapia;
Previne e
trata pneumonia crônica e bronquite infantil;
Trata
queimaduras graves e efeitos sobre doenças dermatológicas e manchas na pele;
Trata doenças
das vias respiratórias e urinárias;
Age como antioxidante
no organismo;
Atua como
estimulante natural das defesas orgânicas;
Age como
bactericida e é um ótimo cicatrizante.
Enfim, ela possui diversas propriedades terapêuticas graças a presença dos
flavonoides, que são um dos princípio ativo
da própolis.
A própolis é realmente um antibiótico natural. A cada dia, surgem novas
descobertas sobre ela ,novas indicações para tratamento de diversos males, e ainda
assim, há muito para se fazer com a própolis, para dar uma origem e uma
característica biológica para esse extrato a fim de ser utilizado para
tratamentos e aditivos na conservação dos alimentos no lugar daqueles que são
prejudiciais à nossa saúde.
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