A
feira de ciências naturais da Universidade Federal do Pampa, que foi realizada
no dia 23 de junho de 2017 (sexta-feira), na praça Fernando Abbott, teve como
principal objetivo a divulgação das áreas de pesquisas que ocorrem dentro da
universidade, bem como a conscientização ambiental e o conhecimento da fauna e
flora pampiana para a comunidade gabrielense ( escolas da cidade e público em
geral).
Diversas
escolas do município estavam presentes para prestigiar este evento, explorando
um pouco mais do amplo universo de conhecimento que Unipampa pode lhes
oferecer. O interesse dos alunos e do público em geral foi um fator marcante na
feira, nos mostrando que quando incentivamos a criatividade e evidenciamos tudo
que o mundo científico pode oferecer, esses alunos passam a descobrir do que
eles gostam e quais são os seus potenciais, e o melhor, na própria cidade da
qual eles residem.
Na
feira foram abordados diferentes temas, desde a paleontologia sobre o passado
pampiano até as mais modernas áreas da bioquímica dos organismos vivos.
Segue
abaixo, uma breve descrição de cada tema abordado na primeira feira de ciências
naturais da Universidade Federal do Pampa.
Paleo:
o passado do Pampa
A
paleontologia é a ciência que estuda os seres antigos, como por exemplo, os
famosos dinossauros. Mas a paleontologia não se limita só aos dinossauros,
existe uma diversidade de fósseis de animais e plantas. O Rio Grande do Sul
possui afloramentos que revelam o passado de vários animais que já pisaram por
aqui. É importante conhecer o rico acervo paleontológico gaúcho e entender um
pouco do passado das terras gaúchas.
Formas
de arte com animais
A tenda de arte com animais
promove uma forma diferenciada de trabalhar com zoologia no ambiente escolar,
através de animais encontrados mortos, ou até mesmo, através de seus vestígios,
como as pegadas. Para isso, serão produzidas obras de arte que podem ser
expostas numa mostra artística e além do estudo de zoologia, fundamentam a
conscientização ambiental.
A
barata é um barato!
Apesar de ser um inseto, a
barata tem muito mais em comum com a gente do que imaginamos. Por exemplo, as
substâncias responsáveis pela comunicação do cérebro com o corpo são muito
parecidas. Por isso, as baratas podem ser utilizadas em experimentos de
laboratórios para a descoberta de novos tratamentos médicos. Elas ainda podem
ser usada no desenvolvimento de novos inseticidas para uso na agricultura, por
exemplo. Outro benefício da se usar a barata em experimentos é que ela não
sente dor, seu ciclo de vida é curto, gera muitos filhotes e devido ao seu
tamanho pequeno não ocupa muito espaço. Esse é o barato da barata!
A
importância dos polinizadores
As plantas são organismos
vivos que não se locomovem e por isso nem sempre sua reprodução é fácil. Para
ajudar na reprodução, diversos animais e fatores ambientais atuam como agentes
polinizadores. O que são polinizadores? Polinizadores são animais responsáveis
pela transferência de pólen da antera de uma flor masculina para o estigma de
uma flor feminina. Os polinizadores geralmente são insetos, como as abelhas e
borboletas, mas as aves, como o beija-flor e os morcegos também podem realizar
polinização. Como ocorre? Ao se alimentar do néctar esses animais entram em
contato com o pólen presente nas anteras, o pólen fica grudado no corpo do
animal, que em seguida vai para outra flor em busca de mais alimento, deixando
o pólen na estrutura feminina, o estigma, favorecendo a fecundação.
Insetos
vivem na água? A vida dos insetos aquáticos
Insetos aquáticos são
aqueles que possuem ao menos uma fase de seu desenvolvimento na água.
Libélulas, besouros, baratas d’água, mosquitos, etc. são alguns exemplos de
insetos aquáticos. Mas como insetos podem viver na água? Viver na água requer
certas adaptações, respiratórias e locomotoras, como um sistema respiratório
modificado para melhor captação de oxigênio e pernas especializadas para nadar.
Veja aqui um pouco mais sobre os insetos aquáticos.
Artrópodes
de importância médica
Dentre os artrópodes, há
alguns que podem causar acidentes em humanos, devido à ação do seu veneno.
Assim, as aranhas, escorpiões, lacraias, vespas, abelhas e taturanas
representam algumas espécies potencialmente acidentais. Nesta tenda são
apresentadas algumas das espécies de interesse médico, bem como informações
sobre a ação do veneno, formas de evitar os acidentes e tratamento.
Diversidade
antártica
O Núcleo de Estudos da
Vegetação Antártica é um grupo de pesquisa que visa desenvolver atividades com
Algas; Fungos, Musgos e Plantas envolvendo aspectos moleculares, ecológicos e
taxonômicos. As pesquisas possibilitam reunir dados acerca da complexidade da
diversidade biológica terrestre e associar esta com as mudanças ambientais na
Antártica e no Rio Grande do Sul.
Plantas
suas formas e importância
As plantas são importantes
para inúmeros seres vivos, tanto para alimentação como para abrigo; ou ainda
como filtro do ambiente, fornecendo ar puro. As plantas apresentam diferentes
estruturas, como: as folhas, que podem ser inteiras, estreitas e compridas,
arredondadas, com formato de coração ou recortadas; espinhos como o limoeiro ou
acúleo como a roseira; podem ter pêlos ou não, algumas tem um cheiro agradável
(aromáticas) outras podem ter um cheiro desagradável ou ser inodoras. Algumas
apresentam látex, que é um líquido esbranquiçado e grudento, geralmente tóxico;
deste látex pode ser feita a borracha. O tronco das árvores pode ser desde liso
e fino até grosso com casca áspera; algumas possuem flores vistosas e coloridas
enquanto outras não apresentam flores chamativas.
Penas
e Pelos do Pampa: Conhecendo a Fauna Gaúcha
Você sabe o que são aves e
mamíferos? Aves são animais com bico córneo, corpo coberto por penas e bípedes.
Mamíferos são animais onde as fêmeas possuem glândulas mamárias e produzem
leite para seus filhotes, possuem corpo coberto por pelos, exceto baleias e
golfinhos. Aves e mamíferos são muito importantes para o equilíbrio do meio ambiente,
eles podem ajudar a controlar pragas, como corujas que se alimentam de ratos;
podem espalhar sementes de árvores e algumas aves como os beija-flores podem
ajudar na polinização melhorando a produção de flores e frutas.
O
grande pequeno mundo dos insetos
Os insetos, animais do filo
dos artrópodes, constituem o grupo de animais com maior número de espécies
existentes. Estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes em
todo o mundo. Alguns representantes são muitos conhecidos, tais como os
besouros, borboletas, mosquitos, abelhas, vespas, moscas, entre outros. Podem ser encontrados em quase todos os
ecossistemas do planeta, desde terrestres, fossoriais, a aquáticos de água doce
ou salgada – sendo esse pouco diverso. Os insetos atuam de diversas formas no
meio natural, desde polinizadores, recicladores de energia, predadores e
presar, vetores de doenças e também alimento. A ciência que se dedica a estudar
os insetos é conhecida como Entomologia. Veja aqui mais detalhes do mundo dos insetos.
Saltos
e rastejos pampianos: conhecendo nossa Herpetofauna
Nesta tenda, apresentamos os
anfíbios e as serpentes, mostrando exemplares que ocorrem em São Gabriel.
Anfíbios podem ser diferenciados em sapo, rã e perereca de acordo com
características do seu corpo. Alguns são venenosos, porém seu veneno é usado
apenas para defesa contra predadores, não fazendo mal a humanos. Também serão
apresentadas as espécies de serpentes peçonhentas, os tipos de dentes das
serpentes, os acidentes que elas causam e sintomas em humanos.
Metamorfose
da Mosca da fruta e sua importância como organismo modelo.
O ciclo de vida da Drosophila depende das condições
ambientais, no entanto, o tempo médio de vida das fêmeas é de 26 dias e de 33
dias para os machos. Deste modo, o ciclo divide-se em: ovo, larva, pupa e
estado adulto.
Peixe-zebra
e a importância da conservação ambiental
“Agrotóxicos são
produtos químicos utilizados na agricultura que eliminam algum tipo de praga.
Apesar de serem eficazes no combate a infestações, eles trazem sérias
consequências ao meio ambiente, pois o seu uso é uma das principais causas da
degradação ambiental. Essas substâncias contaminam o solo, rios, lagos e o
lençol freático e, conseqüentemente os animais que habitam esses ambientes. O
peixe-zebra é um animal que é utilizado nas pesquisas para identificar a
contaminação do ambiente por agrotóxicos, pois ele acumula essas toxinas no
corpo causado alterações em seu comportamento.”
Na feira tivemos também, a importante presença e colaboração do intérprete de libras Ronei Pinto da Silva, que acompanhou àqueles que possuíam deficiência auditiva, uma belíssima forma de integralização e acessibilidade de todos à ciência.
Mais imagens deste evento.
O grupo PET biologia,
agradece a presença e colaboração de todos !
“A
vida sem ciência é uma espécie de morte”.
Sócrates
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