Britânicos começam a testar um novo tratamento contra a Aids que emprega anticorpos produzidos em plantas de tabaco geneticamente modificadas.
Plantas de tabaco foram geneticamente modificadas para servir de base ao cultivo de anticorpos que, agora, estão sendo testados no tratamento da Aids
São Paulo – Reino Unido libera testes clínicos de tratamento anti-HIV feito a partir de anticorpos produzidos em plantas de tabaco geneticamente modificadas. O anúncio foi feito hoje pelo consórcio Pharma-Plant, em Londres, e representa um grande passo rumo a novas terapias mais baratas, seguras e acessíveis para o tratamento de diversos tipos de doenças.A decisão é inédita na Europa.
Esta é a primeira vez que a agência reguladora do Reino Unido, MHRA, aprova o teste em humanos dos chamados anticorpos monoclonais produzidos em plantas geneticamente modificadas. Os anticorpos são proteínas produzidas pelas células de defesa do corpo, que têm a função de nos proteger de agentes nocivos como vírus e bactérias.
Os anticorpos monoclonais são clones feitos a partir de uma única célula do sistema imunológico. Eles combatem um alvo específico. No caso, servem para atacar o HIV, vírus causador da Aids. Os anticorpos produzidos pelas plantas de tabaco são chamados 2G12.
Muitos fármacos – incluindo os anticorpos monoclonais – são feitos por meio de processos caríssimos, usando tanques de fermentação com bactérias ou células de mamíferos. Os pesquisadores do consórcio precisaram não só desenvolver um sistema que seja tecnicamente viável, como conseguir uma legislação que autorize o uso de anticorpos produzidos em plantas transgênicas.
Plantas, genes e Aids
O Pharma-Planta é um projeto europeu lançado em 2004 que envolve 30 parceiros de instituições acadêmicas e da indústria. O projeto recebeu 12 bilhões de libras da União Europeia. Seu objetivo é desenvolver princípios e aprovar o uso terapêutico de proteínas farmacêuticas usando plantas como sistema de produção.
http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciencia/noticias/tabaco-mutante-e-usado-no-tratamento-da-aids
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