quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Javalis na berlinda

Estado de Minas (MG)

Javalis na berlinda

Urge o controle do animal asselvajado, vetor de doenças transmissíveis.
Professor Bene Barbosa - Presidente do Movimento Viva Brasil, bacharel em direito.

Enquanto os javalis, espécie que não pertence à nossa fauna, espalham-se desenfreadamente pelo país, causando destruição de lavouras, pondo em risco espécies brasileiras e matando lavradores, o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) cede à pressão de ONGs ambientalistas e suspende a sua caça. O discurso politicamente correto e irresponsável aceito por grande parcela do governo continua expondo a população a risco real.
Da mesma forma que continua apostando no desarmamento da população honesta em benefício dos criminosos, estabelecendo regras que impossibilitam as pessoas mais humildes, principalmente dos rincões mais distantes de nosso continental Brasil, de ter uma arma legalizada para sua defesa. Agora, nossos lavradores, aqueles que alimentam as capitais, não só terão que se preocupar com o crescimento e interiorização da criminalidade. Ficarão agora à mercê dos ferozes e perigosos javalis. A última vítima conhecida, o lavrador João Batista Ferreira de Araújo, de 40 anos, foi morto por um desses animais na região rural de Ibiá, a 329 quilômetros de Belo Horizonte, Região do Alto Paranaíba. Este não é o primeiro caso deste tipo e, pela posição do Ibama, não será o último.
Numa medida meramente política, sem conhecimento de causa, arbitrária, em desacordo com as próprias orientações de técnicos especializados do Ibama do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, este mesmo órgão proibiu o abate de controle do javali, por meio da Portaria 08/2010. Um grupo de técnicos, a convite do próprio Ibama, tem se reunido na sede do órgão federal estado gaúcho, com a presença de alguns superintendentes regionais, para a apresentação de dados sobre a gravidade da situação do animal no Brasil, até então desconhecida por muitos, com exceção do Ibama dos dois estados sulinos. Mas, por conta da burocracia de Brasília, algumas autoridades - que vivem em meio à politicagem e caça apenas de cargos e votos - desconhecem prejuízos e riscos reais daqueles que coabitam com os javalis invasores, priorizando o discurso fácil e politicamente correto. Para estes, a vida humana parece ter pouco valor.
Mais uma vez, perde a fauna e a flora brasileiras, sem contar no prejuízo econômico dos produtores rurais e no retrocesso ao controle populacional do javali, com essa medida do Ibama. Isso nunca ocorreria num país de Primeiro Mundo. Aqui, mandam os políticos e não os técnicos. Prevalece a demagogia, em detrimento da razão e justiça. A partir de agora, é essencial que as secretarias de Agricultura, sindicatos rurais, associações de produtores, órgãos sanitários ligados à suinocultura abracem esta causa, sob pena de que medidas sanitárias internacionais venham a inviabilizar as exportações de carne suína.
Para segurança das populações rurais, é fundamental, em caráter de urgência, o controle do javali asselvajado, vetor de inúmeras doenças animais transmissíveis que, sem predador natural, com certeza, se multiplicarão em caráter alarmante com a proibição da caça. Não se trata aqui de ser contra ou a favor dela; trata-se de proteger o cidadão, seu trabalho, família e sustento, objetivo que, em tese, deveria ser perseguido pelas instituições governamentais, e isso parece distante de suas intenções.


Equipe Superinformativo

Disponível em: http://www.movimentovivabrasil.com.br/noticias/index.php?&action=showClip&clip12_cod=1384

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